Haddad diz que governo dos EUA está 'aberto a conversar' sobre tarifaço, mas prepara plano de proteção ao emprego

 No dia 9 de julho, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciando a aplicação de tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados pelos EUA. A medida foi justificada com argumentos políticos e comerciais.


Em 23 de julho, Trump afirmou que aplicou tarifas de 50% a países com os quais o relacionamento “não tem sido bom”. Embora o Brasil não tenha sido citado diretamente, está entre os países afetados. Segundo Trump, o objetivo é pressionar outras nações a abrirem seus mercados.

Neste domingo (27), o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, declarou que as tarifas entrarão em vigor no dia 1º de agosto, “sem prorrogações”.

Data do tarifaço pode ser alterada

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o prazo para o início do tarifaço, previsto para a próxima sexta-feira (1º), pode ser alterado. Ele explicou que a sobretaxa de 50% pode começar a valer e, em seguida, as negociações entre Brasil e EUA podem levar a um recuo dos norte-americanos.

“Não sei se as negociações vão se concluir até o dia 1º, mas essa data não é definitiva. Pode ser alterada por eles, pode entrar em vigor e depois nos sentarmos para concluir rapidamente um acordo. Está ficando mais claro agora o posicionamento do Brasil em relação a alguns temas, que antes não eram bem compreendidos por eles”, declarou Haddad.

Conversa entre Lula e Trump

Fernando Haddad ressaltou que os canais de diálogo entre os governos brasileiro e americano continuam abertos. Ele confirmou a possibilidade de uma conversa direta entre os presidentes Donald Trump e Lula, que já está sendo precedida por tratativas oficiais entre os dois países.

“É papel dos ministros manter os canais de comunicação funcionando para que a conversa, quando ocorrer, seja dignificante e edificante. Não pode ser como algumas conversas anteriores, que não foram respeitosas. É preciso preparação para que o diálogo seja respeitoso e para que os dois povos se sintam valorizados à mesa de negociação. Não deve haver sentimento de inferioridade ou subordinação. Preparar isso é uma forma de respeito ao povo brasileiro”, afirmou o ministro.

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