O fragmento, que pesa 25 quilos, veio diretamente do planeta Marte e representa cerca de 7% de todo o material marciano já encontrado na Terra até hoje — um feito considerado extremamente raro no meio científico. O leilão aconteceu em Nova York e chamou atenção de colecionadores e entusiastas da astronomia de todo o mundo.
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Rocha é o maior pedaço de marte já visto na Terra e pode custar R$ 22 milhões — Foto: AP/Richard Drew |
À primeira vista, pode parecer apenas uma grande rocha avermelhada. Mas trata-se do maior fragmento de Marte já encontrado na Terra, que foi arrematado por US$ 5,3 milhões (cerca de R$ 29 milhões) por um comprador anônimo, durante um leilão realizado pela tradicional casa Sotheby’s, em Nova York.
🪨 Pesando 24,5 quilos, o meteorito NWA 16788 é significativamente maior que a maioria dos fragmentos marcianos já descobertos. De acordo com a Sotheby’s, ele teria sido lançado da superfície de Marte após o impacto de um asteroide, viajado aproximadamente 225 milhões de quilômetros pelo espaço até atingir a Terra. O objeto foi encontrado no deserto do Saara, no Níger, em novembro de 2023.
Ainda segundo a casa de leilões Sotheby’s, o meteorito é cerca de 70% maior do que o segundo maior fragmento marciano já registrado e corresponde a quase 7% de todo o material de origem marciana conhecido na Terra.
🪨 A rocha tem dimensões impressionantes: 37,5 cm de comprimento, 27,9 cm de largura e 15,2 cm de altura.
“É mais que o dobro do tamanho do que pensávamos ser o maior pedaço de Marte”, afirmou Cassandra Hatton, vice-presidente de Ciência e História Natural da Sotheby’s.
Para confirmar sua origem, um pequeno fragmento do meteorito foi enviado a um laboratório especializado, onde sua composição foi comparada com os dados de meteoritos marcianos estudados pela sonda Viking, que explorou Marte em 1976. Os resultados apontaram que se trata de uma shergotita olivina-microgabroica, um tipo de rocha formada pelo resfriamento lento do magma marciano — uma evidência sólida de sua procedência extraterrestre.
A rocha apresenta uma textura vítrea em sua superfície, resultado do calor extremo gerado durante a entrada na atmosfera terrestre. Essa característica peculiar foi um dos primeiros indícios que chamaram a atenção dos especialistas, ajudando a confirmar que não se tratava de uma simples pedra, mas sim de um meteorito de origem extraterrestre — mais especificamente, de Marte.